sábado, 26 de setembro de 2009

Tartufo

Le Tartuffe (Tartufo) (1664)
Molière (Jean-Baptiste Poquelin)
Arquivo PDF (www.ebooksgratuits.com)
(134 pág.)

Molière é sempre maravilhoso... Crítica e ironia em comédias deliciosíssimas, com um texto sempre ágil, que não envelhece.

Em o Tartufo, sua metralhadora giratória ataca os burgueses que querem parecer nobres, a influência do clero, o ciúme e a infidelidade, os casamentos de conveniência, etc..
Obviamente, estas qualidades lhe valeram muitas perseguições, tendo sido a peça proibida por diversas vezes, obrigando-o, inclusive, a fazer modificações no texto.

Um burguês rico (Orgon), casado com Elmire,  hospeda em sua casa um devoto (Tartuffe).  Orgon quer casar sua filha Marianne com Tartuffe, mas ela está apaixonada por outro rapaz (Valère).

Toda a família percebe que Tartuffe não vale grande coisa, mas Orgon vai sendo enganado, até que ...

O final eu não conto.
Há duas cenas memoráveis, que vêm exercendo influência em outras obras através dos anos: uma, em que Orgon chega de viagem e, apesar de informado de que sua mulher está doente, somente se preocupa em saber sobre o bem-estar de Tartuffe e a outra, em que Elmire, tentando convencer Orgon das investidas de Tartuffe, o faz se esconder em baixo de uma mesa.

Leia o livro e, se puder, veja a peça.
Assista também o filme Molière (2007), de Laurent Tirard, que utiliza o argumento da peça como pano de fundo da vida do autor.  O ator principal (Romain Duris) dá um show na cena em que, durante uma aula de interpretação a Orgon, imita várias raças de cavalo. Imperdível!

[terminei de ler em 01/02/2009]

Um comentário:

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