sábado, 3 de abril de 2010

A Marca do Zorro

A Marca do Zorro
Johnston McCulley (1919)
Panda Books (236 pág.)

Após a Primeira Guerra e após todas as notícias de morte e destruição, compreendendo que a população americana estaria mais inclinada a buscar diversões ligeiras, uma editora resolveu encomendar histórias de aventuras que publicaria em edições baratas, vendidas em bancas de jornal.

Foi assim que nasceu o "Zorro".

Em alguma época do fim do século XIX, Dom Diego Vega (é isso mesmo o "de la Vega" só apareceu mais tarde, na TV) um jovem rico, de boa família, muito delicado, que gosta de poesia e artes e tem horror a tumultos, se disfarça, coloca uma máscara e se torna um justiceiro contra os desmandos de um governador corrupto.
Excelente espadachim, derrota inimigos e soldados com a maior facilidade.
Ao mesmo tempo, descobre se a moça com quem pretende se casar ficaria com ele somente pelo dinheiro ou se agiria segundo o seu coração.


O romance original se chamava "A maldição de Capistrano".  Só que o célebre ator dos anos 20, Douglas Fairbanks (que criou juntamente com o Chaplin a United Artists) leu a história e deu vida (e que vida!) ao personagem.  No filme, o Zorro marca os inimigos com um "Z".   O sucesso foi tanto que o autor foi obrigado a modificar o título e incluiu uma passagem (meio torta) em que o Zorro deixa a marca no comandante.

No YouTube dá para ver o filme do Douglas Fairbanks inteiro.
 Vale a pena.  O ator era extremamente ágil, dispensava os dublês (tinha que ser um dublê muito bom para fazer tudo o que ele fazia) e realmente criou o personagem.  Todos os que se seguiram são cópias.

Nos anos 40 teve o Tyrone Power.


Nos anos 50 a Disney comprou os direitos da obra e produziu a série com o Guy Williams (foto) que, embora não fosse tão ágil, era simpatissíssimo e manteve o personagem por 78 episódios, fazendo-o conhecido pelo mundo todo (mais tarde, ele fez o pai da família Robinson no "Perdidos no Espaço", lembra?).

Nesta versão, o personagem do sargento Gonzáles (arrogante e mal-humorado) foi substituído pelo sargento Garcia (bonachão e atrapalhado), o que, sem dúvida, ajudou muito para o sucesso da série, com muito mais humor.

Recentemente saíram dois filmes com o Antônio Banderas, mas francamente, não chegam aos pés dos anteriores.

Bom, voltando ao livro para terminar, a história é muito simples, sem qualquer pretensão literária, mas diverte, a gente lê ultra-rápido e se diverte um tiquinho.  Sem contar que o meu exemplar custou menos de 10 reais (na Estante Virtual). Felicidade completa!


[terminei em 24/03/2010]

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