domingo, 29 de agosto de 2010

A Estrela Misteriosa

L'Étoile Mystérieuse
Hergé (1942)
Casterman (62 pág.)

Ano passado foi o ano do Daniel Pennac.  Este está sendo do Hergé... Mais um Tintin lido (e outros estão a caminho!)

Esta é a 10ª aventura.
Um meteoro passa perto da Terra e um fragmento cai na região do Pólo Norte.  Tintin acompanha uma equipe de cientistas em busca de um metal desconhecido que estaria na tal pedra e eles partem no navio do Capitão Haddock.

A coisa se complica porque uma outra equipe também se dirige ao local e utiliza de métodos pouco ortodoxos para tentar chegar na frente.

Mas quem sofre mesmo neste episódio é o Milou.  Pauvre chien! Ele apanha de todos os jeitos, fica com as patinhas presas em asfalto derretido, mergulha em água fervente, voa na asa de um avião... Ou seja, o herói dessa história é o cachorrinho! (Aliás, o meu personagem favorito.)

Divertido. Pode ler que é bom.
[terminei em 28/08/2010]

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O que meu gato quer dizer?

Que veut dire mon chat?
Gwen Bailey (2002)
trad. p/ Francês por Bruno Porlier
Gründ (96 pág.)

Quando a gente gosta de gatos, todo mundo te dá presentes de gato... Daí que ganhei esse livro da minha enteada que passou as férias na Europa.

A autora pretende analizar o comportamento dos gatos e indicar o que eles querem dizer com cada movimento.  Só que é extremamente repetitivo, ela fica insistindo na "troca de odores" por todo o livro embora os leitores já tivessem entendido desde o primeiro capítulo...

Daí algumas das conclusões da autora:
quando o gato está de rabo em pé, ele está tranqüilo.
Ele não gosta que fiquem olhando diretamente nos seus olhos, já que um gato faz isso quando está puxando briga.
Bobo.
Não recomendo.

[terminei em 15/08/2010]

sábado, 21 de agosto de 2010

Cantando na Chuva

Singin' in the Rain
(1952)
Direção: Stanley Donen / Gene Kelly

Elenco: Gene Kelly, Donald O'Connor, Debbie Reynolds, Jean Hagen, Millard Mitchell, Cyd Charisse, Rita Moreno...

Bom, a gente sabe que está ficando mais velha (ops! nada disso!) mais madura, quando começa a gostar das coisas que achava chaaaatas quando era adolescente.

É, eu achava "Cantando na Chuva" brega, chato, etc.   Mas agora eu gosto. Vá entender!

Musical da época de ouro em que Gene Kelly, um dançarino fantástico, podia ser considerado o segundo... Já que Fred Astaire existia (se bem que às vezes a gente pense que era sonho...).
É meio como Pelé e Garrinha. Pelé é o Rei, mas Garrincha é sobrenatural.

Muito bem, Gene Kelly se matou de dançar em outros filmes, mas foi justamente com a dança mais simples, mais singela, que ele deixou sua marca para a eternidade. 
Dançar no meio da chuva foi uma sacada fantástica para mostrar uma pessoa que se sente feliz.  Quando se está realmente feliz, nada é problema, quanto mais uma simples chuvinha.   E a música ajudou: "I'm happy again" (Estou feliz novamente) é a frase de alguém que acaba de deixar os problemas para trás.  Quem assiste também sai com a alma lavada.

Curiosidade:  a música já tinha sido lançada, alguns anos antes, em um andamento mais acelerado, mas não tinha funcionado.
No próprio filme ela aparece mais rápida, na cena dos três (Gene, Debbie e Donald) com os guarda-chuvas.

Bom, a dança na chuva levou diversos dias para ser filmada, o que causou um baita resfriado no bailarino e fez com que na gravação da música que, curiosamente, foi feita após a dança, ele estivesse um pouco rouco.  O que, diga-se de passagem, acho que ajudou, ficou menos gritada, mais suave - melhor.

A história é simples:  Na época da transição entre o cinema mudo e o falado, ator canastrão conhece mocinha que o despreza e o admira ao mesmo tempo.  Ele faz sempre par romântico com atriz bonita mas gasguita, esganiçada e a mocinha, que não era tão bonita, mas tinha uma bela voz, é escolhida para dublar a outra.  Tudo termina bem no final, é claro.

Mais uma curiosidade:  quem cantava, na realidade, não era a Debbie Reynolds mas a própria Jean Hagen, que passou as outras cenas falsificando a própria voz (por conta disso, foi indicada ao Oscar de atriz coadjuvante).


Como se não fosse bastante a cena da chuva, ainda tem Cyd Charisse e suas magníficas pernas, uma ótima cena cômica com exercícios de dicção (Moses, roses...) e um solo incrível do Donald O'Connor que precisa ser visto:




quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Orelha Quebrada

L'Oreille Cassée
Hergé (1935/37)
Casterman (62 pág.)

Seguindo a série do Tintin... eis o sexto episódio.

Uma estatueta de uma tribo indígena da América do Sul que estava em um museu é roubada.
No dia seguinte, ela é devolvida com um bilhete dizendo que tinha sido uma aposta entre amigos para ver se um deles conseguia efetuar o roubo.
Só que Tintin percebe que a estatueta devolvida é falsa, porque a original tinha a orelha direita quebrada (daí o título da história).

Ele resolve, então, investigar a coisa e parte em uma viagem até as florestas da América do Sul.

No meio do caminho, participa do início da Guerra do Chaco, ocorrida entre a Bolívia e o Paraguai entre 1932 a 1935, ou seja, um evento recentíssimo na época em que as tirinhas começaram a ser escritas por Hergé.

Na realidade, como bem apontou Hergé, a guerra teria sido fomentada por duas companhias petrolíferas multinacionais que estariam interessadas no petróleo que, supostamente, haveria naquela região, bem como por vendedores de armas.  Assim, a Standard Oil incitou a Bolívia e a Shell o Paraguai.   Foi uma carnificina horrorosa da qual o nosso Brasil participou, dando apoio à Bolívia.

Quanto ao Tintin, ele, é claro, desvenda todo o mistério e prende os bandidos.

Dentre os que li até agora, é o mais fraquinho... mas é movimentado, bem desenhado e sempre diverte.
[terminei em 10/08/2010]

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bijuterias

Sei que este blog é sobre livros, com uma participação especial de filmes, eu sei, fui eu que o criei assim... Mas às vezes a gente precisa de uns serviços pequenos e não sabe onde pode resolver o problema. Daí quando a gente acha quem trabalha bem,  tem que fazer propaganda. 

Eu tenho um anel daqueles favoritos, que praticamente não sai do dedo. É bijuteria, claro, mas eu gosto. Ele é prateado com uma madrepérola em cima, combina com tudo, está no tamanho exato, não incomoda.
Só que um dia desses, quando cheguei em casa e fui tirá-lo, ele escorregou da minha mão e pluft!  Se estatelou no chão e foi anel para um lado e pedra para o outro... Quase chorei!

Também tinha um outro anel, super leve, confortável, cheinho de strass miniaturas, que já tinha perdido 4 pedrinhas.  Eu tinha procurado por novas, mas só achava strass maiores, nunca iguais... 

Um tempo depois, comprei um lindo pingente com três partes, misturando dourado e prateado... Só que ele vinha em um cordão curtinho, nada a ver com um pingente tão grande, e não tinha como tirar o tal do cordãozinho sem arrebentá-lo nem como colocar outro cordão, porque o furinho no pingente era mínimo...

Aí achei a Tony Jóias.  É uma pequena lojinha em Copacabana na qual o Vicente Gammino (filho do Tony) faz consertos em jóias e em bijuterias.  Levei tudo lá e ele abriu o furo do pingente, colocou os strass pequenininhos em um anel, deu um banho de prata no outro e colou a madrepérola.  Ficou tudo novinho!

Eu não ganho nada com a propaganda, a não ser a alegria de divulgar um bom trabalho.  Afinal, eu continuaria com os meus probleminhas sem solução se uma outra pessoa (no caso a Revista Veja Rio) não tivesse colocado o nome dele e o endereço na Internet, não é? 
Então quem sabe alguém não pode estar passando pela mesma situação e ver a indicação aqui?


Então aí vai: 
TONY JÓIAS
Rua Francisco Sá, 95, loja O, Copacabana, Rio de Janeiro
Tel - (21) 2287-2349.

(a foto do Vicente veio do site da Veja, e é de Felipe Varanda/Strana)

domingo, 15 de agosto de 2010

Luzes da Cidade

Luzes da Cidade (City Lights)
(1931)
Direção: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin e Virginia Cherrill


Esse filme, na minha opinião (modesta, fazer o quê...), é o melhor de todos os tempos.

Eu sei, todas as listas apontam o Cidadão Kayne que, sem dúvida nenhuma é um filmaço, que talvez tenha feito mais pelo cinema (no que se refere a tomadas, forma de contar uma história, luz, etc) do que qualquer outro filme, mas eu não sou cineasta, e embora sempre me emocione com o Cidadão Kayne e seu "rosebud", eu choro que nem um bebê, desconsolada, sempre, todas as vezes, com Luzes da Cidade.

E eu não estou sozinha, parece que também era o filme favorito do Einstein (na foto, os dois juntos no dia da estréia).

É um filme obrigatório, se você não viu ainda, pode começar a se perguntar como é que ficou tanto tempo sem vê-lo e depois de o assistir vai pensar como é que você conseguia viver antes.

A história é simples: o vagabundo se apaixona por uma florista cega e a ama com todas as suas forças.

Daí tem:
A cena do primeiro encontro, com o barulho da porta do carro, que parece que ele levou meses, com toda a produção parada, até chegar a essa solução fantástica...
As confusões com o milionário bêbado... hilariantes.
A música (La Violetera)... linda.
As humilhações...
A luta de boxe...

E a cena final...  (bem... soco na boca do estômago é carinho, em comparação).





Chaplin é o cinema.  Ele é mágico, ele domina a cena. Ele consegue, sem palavras, em pouco mais de uma hora de filme, fazer você sentir e vivenciar toda uma gama de emoções, da comédia mais rasgada ao drama mais profundo, e sair questionando, depois de tudo, sua vida e de toda a nossa sociedade.
Gênio. 



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Gênesis - Capítulos 32 a 36

Recentemente, saiu um livro que já foi citado em vários blogs, que resume, em 3 quadrinhos, várias histórias famosas.  O que achei engraçado é que ele resumiu a Bíblia.  É, em 3 quadrinhos... 

Como vocês que seguem este blog estão vendo nesta seqüência de Gênesis, cada pequeno capítulo da Bíblia apresenta histórias inteiras, cheias de aventura, emoção e movimento...  

Então não se contente com o resumo, nem com este meu, e leia a Bíblia diretamente. 
O meu objetivo aqui é somente dar um gostinho... e mostrar quantas histórias interessantes a gente pode encontrar.  E olha que estou somente no primeiro livro, o de Gênesis.

Continuando...

Capítulo 32 - "Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali."
Jacó, passados muitos anos, volta para sua terra, cheio de filhos e bens. No caminho, durante a noite, tem um encontro com um Anjo,  com o qual ele luta, vence, mas sai mancando.


(Tela do francês Alexander Louis Leloir, 1865)


Capítulo 33 - "... recebe o meu presente ... porque Deus tem sido generoso para comigo, e tenho fartura..."
Jacó se reconcilia com seu irmão Esaú, após lhe enviar vários presentes.
 
Capítulo 34 - "... disse Jacó... Vós me afligistes e me fizestes odioso entre os moradores desta terra ... reunir-se-ão contra mim, e serei destruído..."
Diná, filha de Jacó, é violada por Siquém, homem do local onde eles tinham acampado.   Ele se apaixona por ela e quer se casar, mas Simeão e Levi, dois dos irmãos de Diná, agem à traição e matam toda a tribo de Siquém.

Capítulo 35  - "Assim, morreu Raquel e foi seputada no caminho de Efrata, que é Belém".
Nasce Benjamim, último filho de Jacó e Raquel, sua amada, morre do parto.  Morre também Isaque.
A curiosidade é que Raquel, símbolo do amor de Jacó, é enterrada em Belém, cidade onde, mais de mil anos após, nasce Jesus, prova do amor de Deus.

Em Hebraico, Belém (Bet-lehem) significa Casa do pão e, em árabe, a cidade se chama Bet-laham, Cidade da carne, curiosidade linguística de acordo com a passagem em que Jesus apresenta o pão aos discípulos e diz "Isto é o meu corpo".

Capítulo 36  - Relação de descendentes de Esaú e Seir. 

continua...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Caranguejo das Pinças de Ouro

Le Crabe aux Pinces D'Or
Hergé (1940/41)
Casterman (62 pág.)

Mais um Tintin!  (Veja só Britto, peguei a mania!)

Este é o nono volume das aventuras do intrépido jornalista.

Milou (o cachorrinho), vasculhando o lixo em uma calçada, prende o focinho em uma lata de caranguejo em conserva.
Esse é o mote para Tintin desbaratar uma quadrilha de traficantes de ópio.


Como curiosidade, é neste episódio que Tintin conhece o Capitão Haddock.

Divertido.
[terminei em 07/08/2010]

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Beau Geste

Beau Geste (1939)

Diretor: William A. Wellman

Elenco: Gary Cooper, Ray Milland, Robert Preston, Brian Donlevy, Susan Hayward, Donald O'Connor e Broderick Crawford

Super Filme! Imperdível!

Minha mãe falava muito desse filme quando eu era criança, mas, naquela época, a gente dependia dos cinemas ou da programação da TV, e ele nunca passou.  Somente com o vídeo-cassete consegui vê-lo e...  Amei!
Recentemente, comprei o DVD, para poder repetir o prazer quantas vezes me der na cabeça...

Bom, quem passa sempre por aqui sabe que eu tenho pavor de quem conta muito as histórias e as estraga, então acabo falando muito pouco, seja dos livros ou dos filmes, mas como minhas amigas-blogueiras reclamaram, desta fez vou tentar falar o máximo possível sem estragar nada, tá?

O filme começa com uma patrulha da Legião Estrangeira que chega a um forte no meio do deserto.  Há soldados em cada abertura do muro. A porta não se abre, mas do forte saem dois tiros. 

E aí, já foi o suficiente para correr para a locadora? 
Não dá para contar mais... juro que não, mas confiem em mim, é ÓTIMO.
Tem aventura, tem roubo de jóia, tem batalha, tem amor, tem traição, tem altruísmo, tem fidelidade, ou seja, tem história.

Os personagens principais são três irmãos órfãos, os Geste, interpretados por Gary Cooper (Beau), Ray Milland (John) e Robert Preston (Digby).

Ray Milland (que também atuou em "Disque M para matar de Hitchcock - veja também) está muito bonito nesta época, mas o charme de Gary Cooper é inigualável.
O homem tinha um charme incrível!  (Ele é da época do meu avô, mas charme é charme, não tem idade).

Robert Preston, mais recentemente, trabalhou na comédia "Vítor ou Vitória" (filme que também merece um post).

Uma curiosidade do filme é o ator Donald O'Connor menino, fazendo o papel do Beau Geste quando novo.
Para quem não se lembra, ele trabalhou com o Gene Kelly no "Cantando na Chuva" e tem um solo fantástico. Esse é outro filme que também vale a pena ver, mas fica para outro post.

Bem, voltando ao Beau Geste.  O título é o nome do personagem do Gary Cooper, mas também um trocadilho com o significado em francês: Belo Gesto.




O sargento Markoff (foto - Brian Donlevy) inspirou todos os sargentos do cinema e, na minha opinião, o personagem Rasinoff serviu de modelo para o macaquinho do Aladim (Vejam o filme e o desenho animado e me digam se não concordam).

Susan Hayward está bem novinha. (Mais tarde ela protagonizou um ótimo filme contra a pena de morte... também posso falar nele em outra ocasião)

Resumindo, é um dos meus filmes favoritos.
Para terminar, fica o trailer:

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pane geral!

Gente, deu uma pane geral!











Não no meu computador, não, ele vai bem. 
Em mim!
Não estou lendo nada, não estou escrevendo nada, não estou estudando, não tenho posts preparados... o que está acontecendo?
Socorro!



terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mon chat est un hypocrite

Mon chat est un hypocrite
Hélène Lassere & Gilles Bonotaux (2009)
Larousse (80 pág.)

Ode aos gatos.
Melhor: declaração de amor.

Desenhos (fofos) sobre a vida de um gato doméstico, com frases espirituosas.
Divertido, só que curto, muito curto, meu marido disse que era uma vergonha colocar esse livro na minha lista.
Uai, mais eu li, não li?

Quem gosta de gatos vai gostar também deste livrinho. Eu só não sei se já editaram em Português.  Mas o Francês é bem fácil. (Olhe aí Natalie, é uma dica para começar o estudo...)

Eu emprestei para um amigo e ele perdeu.  Na realidade, acho que a sobrinha dele amou e ele não teve coragem de negá-lo a ela, e me deu outro de presente...

[terminei em 22/07/2010]

domingo, 1 de agosto de 2010

Livros sempre à mão.

Os blogs que estão nas minhas listas (veja ao lado) são visitados constantemente por mim.
E olhe só que gracinha eu achei no  book lovers never go to bed alone: