domingo, 31 de outubro de 2010

Dona Batatinha

Era uma vez uma Dona Batatinha que, em um belo dia de outubro, resolveu complicar a vida de seus amigos blogueiros, fazendo uma série de perguntas muito complicadas...

Pois é, a Tábata do "Happy Batatinha"  me aparece com mais um desafio... o de responder a várias perguntas sobre livros durante o mês de novembro.   
Se você quiser participar também, o questionário completo está em http://happybatatinha.com.br/blog/2010/10/27/o-meme-literario-de-um-mes/

Será que os intrépidos blogueiros ficarão com uma batata-quente nas mãos? 
Veja a continuação desta incrível aventura neste mesmo canal, a partir de amanhã...

Livros e arte - 9


Jeune Fille Lisant - 1856
Alfred Stevens (1823-1906)
Pintor Belga

sábado, 30 de outubro de 2010

Patch pour être moi... en mieux!

Patch pour être moi... en mieux!
Emmanuelle Rodeghiero (2008)
First (271 pág.)

Mais uma bobagem de um lote que comprei no ano passado.
Vários conselhos de como melhorar sua vida, com relação à beleza, moda, cuidados da casa, trato social,  etc.

Aí você pode perguntar: Se acha bobagem, porque comprou?

Comprei porque é um texto atual, no estilo "conselhos de revistas de moda" que tem um vocabulário específico, que jamais encontraria em livros de literatura. (Quem estuda Francês, se não tomar cuidado, corre o risco de falar que nem um personagem do século XIX...)

É isso.
Claro que não recomendo.

 
[terminei em 06/10/2010]

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Livros e personalidades - 7

James Joyce (lendo) em 1939.

Conhecido escritor irlandês (1882-1941), que viveu expatriado na França e Suíça e morreu quase cego, de tanto ler.
Embora ainda não tenha aparecido aqui pelo blog, deixou obras muito conhecidas como:
Ulisses
Retrato do Artista quando Jovem 
Dublinenses 
e
Finnegans Wake

"Os erros são as portas da descoberta"

"Tudo é muito caro quando não se tem necessidade"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Assassinato

Murder
direção: Alfred Hitchcock
1928 - UK
filme P&B,  falado.
Atores principais: Herbert Marshall e Norah Baring


Mulher é encontrada em estado de choque ao lado do corpo de uma amiga, ambas atrizes, esta morta com um atiçador de lareira. Ela é levada a julgamento, condenada, mas um dos jurados, também ator, convencido de sua inocência, resolve reinvestigar o caso antes que ela fosse executada.

Ele utiliza um método para pegar o real assassino inspirado na peça "Rei Lear" de Shakespeare, fingindo realizar uma peça de teatro para que o assassino, convidado a participar como ator, fosse obrigado a confessar o crime.

Curiosidades:
1 - Um dos atores da trupe em que as moças trabalhavam, é um travesti, e aparece vestido de mulher no circo.
2 - Logo no início, quando o corpo é encontrado e toda a vizinhança acorda com os gritos, um casal sai da cama e a mulher veste sua calcinha... (para mostrar que estava deitada sem ela?).

3- Na entrevista dada a Truffaut, o diretor lembra que, como a questão da gravação dos sons ainda era complicada, a cena em que o ator está fazendo a barba e ouvindo o prelúdio de "Tristão e Isolda" foi realizada com uma pequena orquestra atrás da parede do cenário.
4 - A cena do julgamento, com um só homem contra o resto do juri lembra muito o filme posterior "11 homens e uma sentença"/"Twelve angry man" (que teve duas versões, com Henri Fonda e Jack Lemmon).   Só que, neste filme, a cena é meio bizarra, já que Hitchcock usa elementos cômicos, como a repetição de frases e o uníssono.

5 - Hitchcock aparece muito rapidamente, andando na rua.

O filme, como os anteriores, é lento, lentíssimo.
Também não recomendo.

[assisti em 21/09/2010]

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Esqueci do aniversário!!!!!

Gente, meu blog fez seu primeiro aninho e eu esqueci!
Bom, agora, então, a gente pode comemorar...
1 ano e 1 mês!


Em setembro do ano passado, vi em um jornal de bairro (que uma amiga me passa por email), a indicação do Desafio de leitura feito pela Nélida Capela do http://lectorinfabula.blogspot.com/

A única condição para participar era ler, ler, ler... (50 vezes)  e a cada livro lido, postar um comentário em um blog. 
Daí eu criei este blog (em 26/09/2009). 
Vida longa a ele!


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pelé - 70 anos

Parabéns Pelé!

Dele não é preciso dizer nada. Ainda hoje, 35 anos após ter parado de jogar, ainda é reconhecido por todo o mundo...


domingo, 24 de outubro de 2010

Tintin na América

Tintin en Amérique
Hergé (1932)
Casterman (62 pág.)

Este é o terceiro álbum da série.
Tintin é enviado aos Estados Unidos para prender Al Capone.
Não o prende, mas coloca um bocado de mafiosos e seus gangsters atrás das grades.
Para isso fica à beira da morte diversas vezes (bem como o Milou)...
Animado, movimentado, como não podia deixar de ser, em se tratando dos Estados Unidos, tem uma perseguição de carros nas ruas de Chicago...
Muitas críticas.
Divertido.

Quem tiver curiosidade, deve passar no blog do Brito (http://www.tintimportintim.com/2010/09/tintim-na-america-e-realidade-dos-eua.html), ele mostra vários quadros que o autor foi obrigado a refazer, para que o álbum pudesse ser publicado nos Estados Unidos...

Eu particularmente, acho besteira, todos os desenhos são estereotipados, o próprio Tintin, com seu topete é, todos os personagens de óculos são... mas limitaram a questão aos negros...  Acho que o resultado final sai perdendo... mas ninguém pediu a minha opinião, não é?
(Além do mais eu nem sonhava em existir...)


[terminei em 29/09/2010]

sábado, 23 de outubro de 2010

Chantagem e Confissão

Blackmail
Alfred Hitchcock
1928 - UK
filme P&B,  meio mudo, meio falado.
Atores principais: Anny Ondra e John Longden

Namorada de policial arruma briga com ele para sair com um vizinho, pintor.
Este a leva para o seu apartamento e tenta estuprá-la. Ela, para se defender, alcança uma faca, o mata e foge, deixando as luvas para trás.





Só que um homem a tinha visto entrando. Ele, então, pega uma das luvas e começa a chantageá-la.

Para azar dele, a senhoria do prédio do pintor o havia visto rondando a casa e ele, como era ex-presidiário, passa a ser perseguido pela polícia.
Vou suprimir o fim, porque filme de suspense em que a gente sabe tudo perde a graça.

A filmagem começou como se fosse um filme mudo, mas quase no fim, os produtores decidiram que devia ser falado. Hitchcock teve, então, que refilmar algumas cenas.
A atriz (muito bonita, por sinal) era alemã e não falava bem inglês.
Como na época não era possível fazer dublagem, as cenas precisavam ser filmadas ao mesmo tempo em que uma outra atriz falava as suas frases, sem que a atriz escutasse, já que os fones eram grandes e apareceriam no filme.
(Deve ter sido um trabalho e tanto...)
Na foto, vemos o diretor com os fones, enquanto a atriz atuava.

Na entrevista a Truffaut, Hitchcock lembra que queria dar outro fim ao filme, mas os produtores não deixaram, e de uma brincadeira: na época, todos os bandidos das telas tinham bigode.  Ele coloca o pintor de cara limpa, mas em determinado momento, uma sombra sobre o rosto do ator faz as vezes de bigode.

Há uma perseguição ao chantagista dentro do British Museum.
Eles tinham permissão para filmar lá dentro, mas não havia luz suficiente. Hitchcock usou, então, o chamado processo Schüftan, sem que os produtores soubessem, porque como não conheciam o recurso, poderiam ter atrapalhado.

Nesse processo, coloca-se um vidro parcialmente espelhado na frente da câmera, enquanto, atrás, desenrola-se a cena em um cenário.  A imagem resultante é a soma da cena com o reflexo de uma foto, desenho, maquete, que estava refletida no espelho.
A imagem acima (da wikipedia) mostra o mesmo processo em uma cena de Metrópolis de Fritz Lang.

Hitchcock tinha o hábito de reutilizar idéias de filmes, que ele achava que não tinham sido bem desenvolvidas, em novos filmes, com outro acabamento.

Desse filme, merecem nota as cenas em que a mocinha, tentando se livrar do estupro, procura com a mão alguma coisa e encontra a faca, que deve ter inspirado a cena semelhante de "Disque M para Matar" e a própria perseguição no teto, reutilizada  tanto no "Ladrão de Casaca" quanto em "Intriga Internacional".

O diretor aparece neste filme, de frente, em uma cena razoavelmente longa.  No início, antes da briga, o casal pega o metrô e se senta ao lado de um menino mal-educado que implica com todo mundo, especialmente com o chapéu do Hitchcock.

Terminando, este, até agora, é o melhorzinho desta leva inglesa.
Não chego a recomendar, mas é interessante, dá para ver.

[assisti em 20/09/2010]

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Livros e arte - 8

Summer Read

Esta foi a imagem que usamos para criar o selo do Desafio de Leitura deste ano. 
É uma brincadeira do ilustrador a partir do quadro de Seurat (pintor francês 1859/1891) que mostra uma cena em um parque na qual, incrivelmente, não havia ninguém lendo!


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Admirável Mundo Novo

Admirável Mundo Novo (Brave New World)
Aldous Huxley (1932)
Globo (392 pág.)

Comprei há um tempo e meu marido resolveu ler primeiro. Ele não gostou. Aí desanimei, o livro ficou na prateleira mas acabei decidindo enfrentá-lo e gostei. Bastante até.  (Se todos gostassem do amarelo.... o que seria do azul?)

Em um mundo "do futuro", privilegia-se o consumo, as pessoas buscam prazeres imediatos, fazem tratamentos para ficarem sempre jovens, têm relações sexuais sem compromisso e, se qualquer coisa não vai bem, tomam uma droga (soma) que os traz de volta à felicidade.
Parece familiar?
Só que o livro foi publicado em 1932... quando isso ainda era realmente ficção.

Neste mundo novo, as crianças nascem de tubos de ensaio e são condicionadas desde o início de acordo com os hábitos de suas castas.
O autor faz inúmeras referências a nomes de época, como Ford (o inventor da linha de montagem), Malthus (economista que criou a idéia do controle populacional), Marx, Freud, H.G.Wells ... bem como cita inúmeras passagens de obras de Shakespeare.

Na história, todas as atividades são controladas de forma centralizada, mas há regiões do planeta que não são "economicamente viáveis" e, conseqüentemente, não são atingidas pelo desenvolvimento, sendo chamadas de "reservas de selvagens".
Gostei especialmente porque ele não contrapõe um mundo ao outro, fazendo de um a desgraça e de outro a maravilha.
Ao contrário, ele mostra como o ser humano, em geral, busca uma padronização de comportamento e os "diferentes", que não se encaixam no padrão, são perseguidos e marginalizados.

Por óbvio, serviu de base para toda a ficção científica que se seguiu.
Recomendo.

[terminei em 19/09/2010]

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Mulher do Fazendeiro

The Farmer's Wife

Alfred Hitchcock
1928 - UK
filme P&B e mudo



Atores principais: Jameson Thomas e Lillian Hall-Davis
Comédia baseada em uma peça de teatro.

O argumento é simples:  um fazendeiro fica viúvo e, em seguida, vê sua filha casar e ir embora.
Ele decide, então, procurar uma esposa. Faz uma relação de mulheres disponíveis e vai à caça.  Toma fora atrás de fora até perceber que a governanta, que sempre tratou com carinho a ele, sua mulher e sua filha, gostava dele e era muito mais bonita do que aquelas que ele vinha pedindo em casamento.

O filme é muito, muito lento.
Os poucos momentos engraçados são relacionados com as péssimas cantadas dele.  A uma mulher ele chama de galinha gorda, a outra ele diz que o chapéu é horrível, e por aí vai...



Hitchcock não aparece. (eu, pelo menos, não vi...)
Também não recomendo.
[assisti em 19/09/2010]

domingo, 17 de outubro de 2010

Livros e Personalidades - 6


Fred Astaire e Ginger Rodgers 
lendo (um roteiro)

É preciso falar alguma coisa?
Simplesmente o casal de bailarinos mais incrível do mundo.
Eles não se davam bem conversando, mas dançando...

Parece que, um dia, um repórter perguntou a Baryshnikov quem era o maior bailarino do mundo.
E ele respondeu: - Fred Astaire.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Estudar Francês pela Internet - 7 (artes e museus)

Artes, ARTES, artes....

Como esquecer que o eixo França/Itália é o centro mundial das artes plásticas?  Então, estudar Francês passa também por conhecer os museus e seus artistas:

1) O Ministério da Cultura fez um cadastro das obras de arte, dá para pesquisar por época, se pintura, escultura, objeto de uso pessoal, arquitetura, etc : 
http://www.culture.gouv.fr/documentation/joconde/fr
 

2) Cezanne mandou construir um prédio para nele instalar seu atelier, com possibilidades de luz, pé-direito alto, etc.  E ele está lá, preservado, para visitas, inclusive virtuais:
http://www.atelier-cezanne.com/

3) Museu Rodin: http://www.musee-rodin.fr/

4) Museu D'Orsay: http://www.musee-orsay.fr/fr/accueil.html

5) Museu dos impressionistas de Giverny:  http://www.mdig.fr/

6) Museu Marmottan Monet: http://www.marmottan.com/

7) Como não poderia deixar de ser, o Louvre: http://www.louvre.fr

8) É claro que ainda há muitos e muitos outros museus, ateliers, etc.  que não indiquei aqui.
Então basta ir a este site, que cataloga todos os monumentos nacionais franceses (palácios, igrejas, museus, etc., etc.). 
Tem até um mapinha da França com pequenas fotos dos monumentos nos locais onde podem ser encontrados, bem legalzinho: http://www.monuments-nationaux.fr/fr

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vida Fácil

Easy Virtue
Alfred Hitchcock
1927 - UK
filme P&B e mudo

Atores principais:  Isabel Jeans, Franklin Dyall e Ian Hunter

O filme é baseado em uma história de Noel Coward.

Mostra uma moça como vítima de sua beleza e charme.
Casada, seu marido a leva para posar para um pintor que faria seu retrato. O marido é alcoólatra e bate nela.
O jovem pintor se apaixona por ela sem que ela tivesse dado margem e, em determinado momento, a beija.
O marido vê, o pintor puxa uma arma, atira, erra, eles brigam, mas o marido, assim mesmo, cai desmaiado.  Mais tarde dá-se a entender que o rapaz, apavorado, teria se matado e deixado sua herança para ela.
Ela sofre um processo de divórcio em que todos os detalhes de sua vida são expostos, e é condenada como adúltera.

Querendo se livrar do assédio da imprensa, vai para a Côte D'Azur onde conhece um jovem que se apaixona por ela e, recusando-se a saber sua história, a pede em casamento.

Eles casam e ele a leva para sua casa, onde sua família, em grande maioria, a rejeita.

Não aguentando a pressão, nem o descaso do jovem marido, influenciado pela mãe, ela pede o divórcio sem, desta vez, procurar se defender.
Mesmo assim, os repórteres a descobrem e voltam a persegui-la.

Deste filme, na entrevista dada a Truffaut, Hitchcock ressalta a cena em que o rapaz pede Larita em casamento e esta promete dar a resposta mais tarde, por telefone.  Aparece, então, a telefonista do hotel que houve a conversa, torce e fica feliz, dando a entender ao público que ela disse sim.

Hitchcock aparece, de costas, na quadra de tênis, onde Laurita conhece John, o novo marido (foto).

Como já disse em outro post, estou vendo todos os filmes do diretor, mas nem todos são memoráveis.
Este eu não recomendo.

Recentemente fizeram uma refilmagem, só que com ares de comédia. Ainda não vi, mas o trailer me pareceu bobo.  Nos filmes de hoje, ser rebelde e provocar escândalo é a única qualidade que conta, e as personagens não vivem mais qualquer drama interior, obviamente (está fora de moda ter sentimentos).

[assisti em 21/09/2010]

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Fred Vargas - escritores

Fred Vargas
Frédérique Audoin-Rouzeau (Paris, 1957 - )

Arqueóloga e historiadora francesa, se celebrizou como escritora de romances policiais.

Tem como característica o desenvolvimento sólido de seus personagens, que se tornam efetivamente reais e muito envolventes. Embora não tenha centralizado suas obras em torno de um só personagem, o detetive Adamsberg é o mais conhecido, e mais recorrente.

Aqui no Brasil, alguns de seus livros foram editados pela Companhia das Letras.

Relação de obras:
  1. Les Jeux de l'amour et de la mort : romance, 1986
  2. L'homme aux cercles bleus : romance, 1991, editado no Brasil em 2006 como "O Homem dos Círculos Azuis" - (Adamsberg)
  3. Ceux qui vont mourir te saluent : romance, 1994 (Claudio, Tibério e Nero)
  4. Debout les morts : romance, 1995 - (Marc, Mathias, Lucien e Vandoosler) (o meu favorito)
  5. Un peu plus loin sur la droite : romance, 1996 - (Louis Kehlweiller, Marc e Mathias) (o segundo favorito)
  6. Sans feu ni lieu : romance, 1997 (Louis Kehlweiller, Marc, Mathias, Lucien e Vandoosler)
  7. L'homme à l'envers : romance, 1999, editado no Brasil em 2005 como "O Homem do Avesso". - (Adamsberg)
  8. Pars vite et reviens tard : romance, 2001, editado no Brasil em 2004 como "Fuja Logo e Demore Para Voltar" (Adamsberg)
  9. Petit traité de toutes vérités sur l'existence : ensaio, 2001
  10. Coule la Seine : 3 contos (Salut et liberté, La nuit des brutes et Cinq francs pièce), 2002 - (Adamsberg)
  11. Critique de l'anxiété pure : 2003
  12. Salut et liberté suivi de La nuit des brutes (repetição de dois dos contos já publicados sob o nome de Coule la Seine), 2004
  13. La Vérité sur Cesare Battisti / textes et documents rassemblés par Fred Vargas : ensaio, 2004
  14. Sous les vents de Neptune : romance, 2004 (Adamsberg)
  15. Dans les bois éternels : romance, 2006, editado no Brasil em 2009 como "Relíquias Sagradas" (Adamsberg)
  16. Un lieu incertain : romance, 2008, editado no Brasil como "Um lugar incerto"
  17. L'Armée Furieuse : romance, 2011, editado no Brasil como "O Exército Furioso".


domingo, 10 de outubro de 2010

Livros e arte - 7


Dois retratos de Maria Antonieta,
(rainha de França, esposa de Luis XVI)
ambos com um livro nas mãos,
pintados por Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun
em 1785 e 1787, respectivamente.

sábado, 9 de outubro de 2010

Aqueles que vão morrer te saúdam

Ceux qui vont mourir te saluent
Fred Vargas (1994)
J'ai Lu (190 pág.)

Policial.
Eu gosto bastante dessa escritora, já li vários outros dela, mas esse é fraquinho.

Um marchand de artes recebe um desenho de Michelângelo e desconfia que tenha sido roubado da biblioteca do Vaticano. Ele vai a  Roma e é assassinado, bebendo um drink misturado com cicuta. 
Começam as investigações, só que o irmão da vítima, embaixador francês, não quer que haja um escândalo capaz de macular seu nome e envia um funcionário para abafar o caso.   Só que, obviamente, as coisas vão se complicando, morre mais gente... etc. etc.

Fred Vargas tem um grande talento para desenvolver personagens.  Só que, nessa história tem personagem demais e, para piorar, quase  todos cometeram algum crime, o que torna a coisa muito confusa e impede que o leitor se identifique verdadeiramente com algum deles.
Acho que foi isso que impediu que eu gostasse mais do livro. 

Os personagens centrais são três jovens, um chamado Cláudio e outros dois amigos que, de brincadeira, passam a se chamar pelos nomes de Tibério e Nero, os três nomes de antigos imperadores romanos.

Daí, o título, retirado da obra de Suetônio sobre a Vida dos Césares, que seria a frase utilizada pelos gladiadores para homenagear o imperador Cláudio quando este ia ao teatro ver os combates: « Ave, Caesar! Morituri te salutant!» ou «Ave lmperator! Morituri te salutant!» que, traduzindo, seria "Salve Cesar! Aqueles que vão morrer te saúdam!"


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Livros e Personalidades - 5

Caterine Zeta-Jones

Quem disse que beleza não combina com cultura?
Eis uma linda com um livro... 

Atriz nascida no País de Gales, em 1969, casada com o também ator Michel Douglas. 
Eu a acho linda e charmosa, mas os seus filmes... deixam um pouco a desejar. 
Infelizmente, nos últimos anos, percebo que Hollywood mostra um certo preconceito contra as morenas e imagino que este seja o motivo porque ela não tem papéis mais interessantes. 
É uma pena.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor
Jorge Amado (1948)
Record (72 pág.)

Uma doçura de livro.  Realmente fofo.

Segundo o prefácio, Jorge Amado teria escrito informalmente essa história somente para o filho, quando criança, e o texto ficara guardado. Mais tarde, o filho, mais velho, mostrou-o a Caribé, grande amigo do pai,  que fez os desenhos.  Amado diz que, em decorrência da qualidade das gravuras, concordou com a edição.

Na realidade, as gravuras não chegam nem perto da qualidade do texto, uma simples história de amor impossível.

Mas o uso das palavras, as imagens que ele vai criando, colorindo as situações, são impagáveis, como:

... as estrelas que a Noite acende com medo do escuro. ... 


Com um beijo, a Manhã apaga cada estrela ... Semi-adormecida, bocejando, acontece-lhe esquecer algumas sem apagar. Ficam as pobres acesas na claridade, tentanto inutilmente brilhar durante o dia, uma tristeza.


... o Outono chegou, derrubando as folhas das árvores. O Vento sentia frio, e, para esquentar-se, corria zunindo pelo parque. 

Eu só tinha lido duas obras do Jorge Amado: Jubiabá, nos tempos de escola, e A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água, um pouco depois, e tinha associado a ele um estilo mais duro, áspero. Daí que a leitura desse texto doce foi realmente uma agradável surpresa.

Super-hiper-recomendado.

[terminei em 06/09/2010]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Livros e arte - 6


"Claude Monet lisant"
Pintura de Auguste Renoir de 1872
Hoje, está no museu Marmottan - Paris