segunda-feira, 9 de maio de 2011

Editoras

No post anterior, recebi a visita da Diana da Companhia das Letras.
Fiquei tão contente que danei a escrever e escrever e escrever uma resposta e o texto ficou longo demais.
Daí preferi colocar aqui:

No já mencionado post anterior falei sobre a necessidade de outras obras do gênero da de James Laver.
A Diana me apresentou a alternativa do livro, editado pela Companhia das Letras, "O Império do Efêmero".

Bom, já tenho "O Império do Efêmero" em minha biblioteca, aguardando a vez de ser lido ( por mais que eu leia, minha lista só aumenta...).

Toda vez que compro um livro, minha ansiedade não permite que o guarde simplesmente e sempre me impulsiona a, ao menos, folheá-lo (às vezes acabo engatando a leitura e vou até o final, atrapalhando outras em curso).

Assim, pelo que pude ver, a obra de Lipovetsky analisa a moda pelo seu caráter social-filosófico, ou seja, utiliza os sinais da moda para avaliar a sociedade, enquanto o de James Laver pretendia fazer o contrário, explicar as mudanças nos usos das roupas e acessórios como conseqüência dos fatos históricos e sociais.
(Perdôe-me se me equivoco. Somente quando terminar a leitura poderei fazer a real avaliação.)

O livro de James Laver abraçou toda a história da moda e, por óbvio, em face de tal enormidade de informações, acabou se perdendo.   Essa foi a minha crítica quanto ao livro.

Quanto às editoras, não chegou a ser uma crítica, foi mais um lamento.
Imagino como deve ser difícil editar qualquer coisa em um país imenso como o nosso em que os custos de distribuição devem ser astronômicos, em que as políticas econômicas passaram tantos anos sem a menor segurança e que o apoio à cultura e, em particular, à leitura,  é nenhum.

Sei que papel e tinta são importados... há pressões de todos os tipos... censuras, veladas ou não... ou seja, editar livros realmente é ato de heroísmo.

Nesse  ponto, retifico meu post anterior, fazendo a ressalva necessária quanto aos esforços das editoras, deixando meus parabéns, em particular, à Companhia das Letras que demonstrou grande interesse pelos leitores ao fazer com que seus funcionários passem tempo visitando blogs despretensiosos como o meu.

A questão, explico melhor, é realmente de lamento, já que a relação da bibliografia indicada pelo autor daquele livro (James Laver), em inglês, é muito extensa.... enquanto, aqui, temos um ou outro volume e, mesmo assim, em sua maior parte, de traduções.

Meu desejo, utópico, eu sei, era que tivéssemos grande produção cultural, que nosso povo lesse muito e nosso país não perdesse tempo comentando declarações "bombásticas" de celebridades momentâneas como "ex-BBBs"... 

Espero ter-me explicado corretamente.
Meus sinceros agradecimentos pela visita, Diana.  Volte sempre.
 

3 comentários:

  1. Bacana ela ter comentado. As editoras ganham alguns pontinhos comigo quando fazem coisas assim.

    Meu desejo, utópico, eu sei, era que tivéssemos grande produção cultural, que nosso povo lesse muito e nosso país não perdesse tempo comentando declarações "bombásticas" de celebridades momentâneas como "ex-BBBs"... Sonho que algum dia isso aconteça.

    Beijos

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  2. Mom, meu comentário não foi de forma alguma uma tentativa de reprimenda. Todo mundo que trabalha em editora é, antes de tudo, um leitor apaixonado, e conhece bem as frustrações que essa paixão pode trazer.
    Foi na verdade só uma tentativa de apresentar um livro de que talvez você pudesse gostar. Realmente a editora só publicou até hoje 1 livro nacional sobre o assunto, "O espírito das roupas", mas espero que os poucos livros que temos possam lhe ajudar: http://is.gd/GV0maz

    Abraços,
    Diana Passy

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  3. Diana, eu tinha entendido. Achei que eu é que não tinha me expressado bem. Quando o livro de vocês chegar na vez de ser lido, faço um post específico. Só não sei quando.

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