sábado, 18 de maio de 2013

Persuasão

Persuasão (Persuasion)
Jane Austen (1816)
L&PM (253 pág.)

Romance.

Meu terceiro livro de Jane Austen.
Tem vezes, quando a gente gosta muito de um autor, que dá uma gana de ler um livro depois do outro, sem parar.

É o caso da Jane Austen. A minha vontade é essa, mas sabendo que ela escreveu apenas 6 romances e outras poucas obras menores, me contenho para ler aos pouquinhos, para prolongar o prazer.

Então esse foi o terceiro, e tão bom quanto os anteriores.

Anne Elliot, a protagonista, com 27 anos, vive com seu pai e a irmã mais velha, ambos fascinados pela condição de nobreza que possuíam e, especialmente o pai, pela própria aparência.  Ela tem, ainda, uma irmã mais nova, casada.  Só que o pai e a irmã mais velha gastam mais do que podem e eles são obrigados a alugar a propriedade da família e se mudar para outro local.

Quem a aluga é um casal, ele almirante e ela, irmã de dois homens que já viveram na região, sendo que um deles, Frederick Wentworth, capitão da marinha, 8 anos antes, havia pedido Anne em casamento e fora rejeitado por ela, convencida por sua família e, em particular, por sua madrinha, que não poderia se casar com um homem sem posses e, ainda, à beira de uma guerra.

Manuscrito de Persuasão - cap. 24
Os anos passaram, a guerra acabou, agora ele tem dinheiro, ela está mais velha e abatida pela tristeza de se ter deixado persuadir pelos outros, e o encontro se vislumbra inevitável em decorrência da mudança...

Este foi o último livro finalizado pela autora, embora só tenha sido publicado (1818) após sua morte, com o título dado pelo irmão dela. Veja, ao lado, imagem da primeira página do último capítulo do manuscrito original.



Dizem que ela teria levado para a ficção (e resolvido) uma história vivida por ela, aos 20 anos, com um jovem chamado Thomas Lefrkoy que, na época, não tinha meios para se casar, o que motivou o rompimento.  Ela nunca se casou.

Jane Austen trabalha com sentimentos.
Enquanto em Orgulho e Preconceito ela trabalha, obviamente, com os efeitos que os preconceitos e o orgulho produzem sobre as pessoas e as decisões que elas têm que tomar; em Northanger Abbey, ela mostra os perigos da imaginação sobre a capacidade de avaliação dos jovens; neste, ela confronta a impetuosidade com a prudência e a possibilidade de uma jovem se deixar persuadir pela opinião dos outros.

E a carta do Wentworth é um deleite: "... You pierce my soul. I am half agony, half hope..." infelizmente perdeu um pouco da força com a tradução "... Meu coração está dilacerado. Estou em estado de semiagonia, semiesperança...".


Persuasão - 2007
Há um filme, de 1995, que não consegui ver, e um outro, feito em 2007 para a TV inglesa que está disponível, na íntegra e com legendas no Youtube.

O ator que fez o Wentworth (foto) foi muito bem escolhido, tem o porte necessário para o papel, a atriz que fez a Anne nem tanto, mas o filme tem vários defeitos, sendo que o pior foi terem mudado a estória.
E eu pergunto: por quê?
Meu Deus, o que faz um roteirista mudar uma estória dessas?  E, principalmente, o desfecho?

Ou seja, somente veja o filme se tiver lido o livro.

Eu gostei muito do livro, é claro que recomendo.

Muito bem, o objetivo de maio do Desafio Literário era um livro que tivesse sido citado em um filme.

Várias das opções não serviam para mim, porque já as tinha lido... Por outro lado, também queria que fosse um filme que eu achasse legal.


Aí lembrei de "O Clube de Leitura de Jane Austen", que cita os 6 romances e eu catei o livro da estante...
Só que não me lembrava mais do filme...
Voltei a ver, agora, e não achei mais tão bom assim.

No entanto, soube que o livro também tinha sido citado em outro filme "A Casa do Lago".
Peguei correndo, e tive uma grata surpresa.
Além de citar o livro, o filme tem uma suave inspiração na história da Jane Austen, misturada com um tanto de Ficção Científica. 

Não é tão bom quanto o livro, mas também recomendo.




[terminei em 18/04/2013]

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bazaar Great Style


Bazaar - Great Style
Jenny Levin (2007)
Hearst Books - 233 pág.










Este vem em formato de livro, mas, realmente, é uma revista de moda em papel mais grosso, bem parecido com um outro que já tinha lido antes:  Fabulous at Every Age














Mas foi barato, mais ou menos o preço de uma revista mesmo, e ainda é um estímulo para aumentar o vocabulário em inglês...




O texto é insípido, não acrescenta nenhuma informação, mas tem muitas fotos, sempre de artistas de Hollywood, e de alguns itens sozinhos.
Diversão simples.




[terminei em 08/11/2012]